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🚧 BR-324 vira risco diário para motoristas: buracos, medo e risco de morte a motoristas baianos.

  • Soteropolitano Notícias
  • 28 de out.
  • 4 min de leitura
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Um leitor do nosso site descreveu o que chamou de “experiência traumática” ao trafegar pela BR-324 no último fim de semana, saindo de Salvador, no trecho entre Simões Filho e Feira de Santana — e também no sentido inverso. Segundo ele, o cenário mistura engarrafamento, rodovia destruída, pressão de carretas e sensação real de risco de morte.


O relato começa já na saída de Salvador. “Saímos de Salvador às 15h da última sexta-feira e o engarrafamento só foi aliviar perto de 17h45. Foram mais de duas horas e meia parados ou trafegando em passo de tartaruga”, conta. Quando o trânsito finalmente fluiu na altura de Amélia Rodrigues, veio outro problema: a condição da pista.


De acordo com o leitor, a quantidade de buracos na BR-324 é tão grande que dirigir se transforma em teste de sobrevivência. Ele afirma que o trecho entre a capital e Feira de Santana — justamente a ligação com o maior anel viário da Bahia, por onde passa o maior volume de caminhões e carros do nosso estado todos os dias — está praticamente abandonado pelo poder público.


“Você tenta desviar dos buracos, mas não consegue. Se joga o volante pra esquerda ou pra direita, corre o risco de ter o carro atropelado por um caminhão ou carreta. Se continua em frente, cai no buraco e destrói o carro. É uma escolha entre quebrar o carro ou sofrer um acidente grave, ou na própria quebra do carro ao cair no Buraco ser esmagado por carretas” disse.


Segundo o relato, quem dirige carro popular, utilitário leve, carro de família ou até veículo médio executivo está exposto ao mesmo perigo. “Passar pela BR-324 hoje sem estourar um pneu é quase um ato de benção divina ou livramento”, afirma.


Pressão de carretas e sensação de pânico:

O leitor descreve ainda um ambiente de intimidação no trânsito muito forte. À noite, já com visibilidade ruim e tráfego intenso de veículos pesados, motoristas de carro menor relatam não conseguir manter uma velocidade segura.


“Os caminhões e carretas buzinam, jogam farol alto e praticamente exerce maior velocidade chegam quase a empurrar o carro com pára-choque e consequentemente, você tem que acelerar acima do permitido ou sair da frente, porque eles têm meta de entrega e quando sai dos engarrafamentos tem que correr atrás do tempo perdido. Só que a faixa da direita, que deveria ser a mais lenta para esse tipo liberação habitual , está tomada de buracos grandes. Aí acontece algo ainda mais perigoso: tem carreta ultrapassando até pelo acostamento”, diz.


Nessas condições, segundo ele, dirigir de forma defensiva simplesmente não é possível. O medo é constante: colisão lateral, perda de controle ao cair em crateras, pneu estourado a 80 km/h com carreta atrás e aos lados, buzinando e transformando. Ele resume a experiência como uma “visão real do inferno”.


Buracos contados um a um

Na manhã de segunda-feira, já com luz do dia, o grupo fez uma espécie de auditoria informal na via de retorno, em metragem específica da via. Em apenas 2,6 km, na saída de Feira de Santana em direção a Salvador, ele explica ter contado mais de 216 buracos grandes. Segundo o motorista, houve pneu estourado à noite e pneu estourado de dia, o que desmonta o argumento de que o risco era só por causa da baixa visibilidade noturna.


Calamidade anunciada

Para o leitor, a situação da BR-324 já ultrapassou a discussão sobre “estrada ruim” e entrou em nível de calamidade pública. Ele faz um apelo direto aos governos estadual e federal, que dividem responsabilidades pela via, e critica a justificativa de que não há manutenção porque o contrato anterior foi suspenso e o novo ainda não entrou em vigor.


“Não dá pra aceitar que a rodovia mais usada da Bahia fique sem manutenção porque estão esperando assinar um novo contrato. Enquanto isso, quem paga o preço é o motorista, a família dele e, em última instância, a vida humana. É risco real de óbito”, afirma e repete: “É risco de morte coletiva mesmo”.


Multa tem, manutenção não

Ao acessar qualquer BA após Anel viário com quase 20 km de extensão em Feira de Santana, o motorista relata outro contraste nas BAs e BRs — há limite de velocidade de 30, 40 e 50 km/h e uma grande quantidade de câmeras, radares e todo tipo de fiscalização eletrônica. Segundo ele, o recado que fica para o cidadão é: a fiscalização para multar no Brasil se investe bilhões , mas a conservação da pista, não há nem um mínimo contrato de manutenção ali.


“Dói ver que existe estrutura pra multar o contribuinte, mas não existe urgência pra tapar buraco e evitar acidentes fatais”, diz.


Socorro improvisado

Pneu rasgado, suspensão danificada, roda empenada, alinhamento perdido. Esses são alguns dos prejuízos citados por ele. A única parte positiva — se é que dá pra chamar assim — é que existe uma cadeia de socorro montada em torno da cena de tragédia: muitos postos de combustível e borracharias em Feira de Santana preparados para atender vítimas da estrada e estes próprios relatam a quantidade de condutores e suas famílias que chegam desabafando diariamente.

“Foi notado o sensibilidade dos prestadores de serviços feirense e infelizmente a concordância relatando diversas situações relatadas por centenas de motoristas baianos.

Para eles a única diferença dos dias semanais para os finais de semana e feriados. É os motoristas particulares estarem na maioria sozinhos e nos feriados envolver as famílias mais de um modo geral descrevem ser o mesmo risco em todos os casos.


Apelo final

O leitor encerra o relato com um pedido direto aos órgãos públicos: reconhecimento imediato da situação da BR-324 como emergência e intervenção urgente.


“Isso não é só um desconforto de viagem. É risco de morte coletiva a todos que trafegam na BR 324. Peço atenção urgente: estamos falando de vidas e estas tem o seu devido valor.”

 
 
 

1 comentário


Luiz Carlos Malhado
Luiz Carlos Malhado
29 de out.

Lamentável! Asfalto de brinquedo.

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